domingo, 23 de março de 2014

Tumblr

Um mês... Um mês em que não escrevo nada.
Não no geral! Mas aqui, no meu blog...

Não tenho tido tempo. E honestamente, só o arranjo quando não devo.

Devia estar a estudar para o Teste Intermédio de Biologia de amanhã. Mas não estou. Prefiro perder-me nas palavras e nas saudades que o Tumblr me faz sentir.

Sabem, sou daquelas pessoas viciadas no Tumblr. Não porque é fixe, ou porque está na moda. Sou viciada no Tumblr porque lá consigo encontrar a parte de mim que perdi. É essa parte que eu tento partilhar aqui. A parte de mim que mais amo, mas que deixei algures perdida nas ruas de Londres.

Há 3 coisas que eu amo nesta vida mais do que tudo:
  1. Música
  2. Sentimentos
  3. Sentir-me em casa
Até há pouco tempo, nunca soube verdadeiramente o que era sentir-me em casa. Até ter sentido o ar de Londres invadir-me os pulmões numa única rajada de vento que aquela cidade enviou para me saudar.

Se tive saudades da minha cidade? Claro que tive! E das pessoas, da família, dos amigos que deixei para trás.

Mas o que me esperava era tão melhor quanta a saudade que eu sentia!
Foi lá que encontrei a parte de mim que há muitos, muitos anos perdi. Encontrei quem realmente sou.

Mas voltei. Voltei para o meu Portugal. Voltei para a minha cidade, para os meus amigos, para a minha família. Voltei por causa dos erros dos outros. E percebi que deixei esse pedaço de mim de fora quando fiz as malas. Voltei sem saber quem sou.

E foi no Tumblr, que criei quando a minha vida estava feita em Londres, que descobri que posso ainda viver aquela rapariga que era em Londres. Ou melhor, aquela rapariga que a vida me deixava ser.

E essa rapariga ama a chuva. Ama passear em parques cheios de pessoas sozinha. Ama ouvir músicas do Passenger. Ama tocar piano. Ama escrever. Ama ler. Ama os mares e oceanos. Ama beber café quente nas tardes de inverno. Ama andar de metro e autocarro sem rumo nem destino. Ama sentir o vento. Ama ser feliz!

É essa rapariga que eu encontrei em Londres. E nas tardes de inverno. E nas viagens de autocarro. E nas músicas do Passenger. E nas teclas do piano. E nas gotas de chuva. E nas páginas dos livros. E nas chávenas de café. E no mar. E no vento. E em cada foto e frase do meu Tumblr.

Por isso é que eu digo: da Internet, podem-me tirar tudo. Mas não me tirem o Tumblr!


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